Se você acha que tem pouca sorte
Se lhe preocupa a doença, azar ou a morte
Se você sente receio do inferno
Do fogo eterno, de Deus, do mal
Eu sou estrela no abismo do espaço
O que eu quero o que eu penso e o que eu faço
Eu vou sempre avante no nada infinito
Flamejando meu rock, o meu grito
Minha espada e a minha guitarra na mão.
Se o que você quer em sua vida só paz
Muitas doçuras, seu nome em cartaz
E fica arretado se o açucar demora
E você chora, você reza, você pede, implora
Enquanto eu provo sempre o vinagre e o vinho
Eu quero é ter tentação no caminho
Pois o homem seu destino ele que faz
Eu sei, sei que o mais puro gosto do mel
é apenas defeito do fel
E que a guerra produto da paz
O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber... sem tentar?
Se você acha o que eu digo fascista
Mista, simplista ou anti-socialista
Eu admito, você na pista
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou ista, eu sou ego
Eu sou egoista, eu sou egoista
Por que não?
Por que não?
Raul Seixas (1945 - 1989) - Marcelo Motta (1931 - 1987)
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