Quando vou pela Luz arrebatado, Escravo dos mais puros sentimentos Levo secretos estremecimentos Como quem entra em mágico Noivado.
Cerca-me o mundo mais transfigurado Nesses sutis e cândidos momentos... Meus olhos, minha boca vão sedentos De luz, todo o meu ser iluminado.
Fico feliz por me sentir escravo De um Encanto maior entre os Encantos, Livre, na culpa, do mais leve travo.
De ver minh'alma com tais sonhos, tantos, E que por fim me purifico e lavo Na água do mais consolador dos prantos
Cruz e Sousa (1861 -1898)
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