Esta ansiedade que nos enche o peito Enche o céu, enche o mar, fecunda a terra. Ela os germens puríssimos encerra Do Sentimento límpido, perfeito.
Em jorros cristalinos o direito, A paz vencendo as convulsões da guerra, A liberdade que abre as asas e erra Pelos caminhos do Infinito eleito.
Tudo na mesma ansiedade gira, Rola no Espaço, dentre a luz suspira E chora, chora, amargamente chora...
Tudo nos turbilhões da Imensidade Se confunde na trágica ansiedade Que almas, estrelas, amplidões devora.
Cruz e Sousa (1861 - 1898) |
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